quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E daí...

Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade… Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!”
(Clarice Lispector)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Voltando

Cheio de dar desculpas né... enfim... passei por um período bem sinistro...
De agosto do ano passado pra cá foram meses sombrios... Relacionamento rompido em setembro... coisas inesperadas no mesmo mês, paixonite platônica e patológica... Depressão, licença médica, final do ano atribulado, fui expulso de casa pela mãe, Natal sem família, reconciliação, depressão de novo, férias, loucura, tentativa de suicídio (leiam tentativa de chamar a atenção), mudança de ares, nova licença, tentativa de reencontro de mim mesmo e até agora continuo meio perdido... mas tá bom... Bastante coisa em poucas palavras.
Tô bem agora. Desenhando de novo, costurando de novo, aprendendo sobre decoração, descobrindo o amor próprio...
Uma vez um psicólogo me disse que não posso amar ninguem se não me amar a mim mesmo primeiro, afinal ninguém pode dar o que não tem... E na filosofia de Jesus Cristo:" ame ao próximo como a ti mesmo" e não mais do que a você mesmo...
Acabei de chegar de uma viagem que fiz para ajudar um amigo a organizar uma festa temática. Quando você pensa em fazer festas temáticas descobre que tudo já foi feito, então é melhor partir para coisas simples, de impacto, como a Skol Sensation... Qual o tema? Branco... Simples assim... Daí você percebe que o glamour está realmente nas coisas simples... E leva isso pra vida... Complicar pra que? Se a intenção nessa vida é sofrer menos... Pra que complicar? Se a simplicidade é mais fácil e quase sem risco...
Tô simples... mas com um mínimo de sofisticação...
E como diria Rupaul "If you can't love yourself, how in the hell you gonna love anibodyelse... Can I hear a amem up in here?"
Amem

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Paixão


Já faz um tempo que to querendo falar sobre a paixão. Encontrei um artigo bem bacana falando sobre o assunto, e veio bem de encontro com as minhas ideias.

Pra começo de conversa, neguem se tiverem coragem, é muito bom estar apaixonado. Aquela falta de controle, o arrepio na espinha, o tremor que invade nosso corpo, o suar frio, o coração acelerado, a falta de ar, a sensação de que o mundo sumiu debaixo dos pés ou simplesmente parou... Pensando bem, todos esses sintomas parecem mais de uma doença... o que não é uma coisa boa. Mas se é assim, por quê estamos sempre em busca da paixão?

Insistimos em buscar a paixão, porquê é através dela que nos sentimos vivos. Por mais que soframos com os efeitos dessa “doença”, é ela que nos lembra que estamos vivos afinal, ou mais, sentimos prazer em sentir a dor que a paixão pode causar, como já dizia Cazuza. Porém, é importante que tenhamos sempre em mente, que a paixão não é um sentimento ingênuo, puro. A paixão regularmente nos engana.

Geralmente presente no início dos relacionamentos, a paixão nos cega, distorcendo a realidade, transformando-a numa idealização senão inexistente, fatalmente improvável. Quando possuídos por ela - digo possuídos porque não temos controle de nosso julgamento – vemos a pessoa ao lado como reflexo de uma perfeição de conto de fadas, reflexo de nosso desejo de que tudo seja perfeito. E perfeição, definitivamente, não existe.

Dizem que a maioria dos relacionamentos acaba quando acaba a paixão. Quando ouvimos isso, a visão que nos vêm em mente é sempre aquela de um relacionamento sem fogo, sem volúpia. Mas não. Se um relacionamento acaba quando acaba a paixão, é porque os envolvidos deixaram esta cegueira se esfacelar e puderam ver com os olhos bem abertos os defeitos uns dos outros e, infelizmente ou felizmente, não puderam suportá-los.

Quando isso acontece e você descobre que pode conviver com os defeitos da outra pessoa, então você está preparado para o amor. Mas não se iluda, isso acontece muito pouco.

Portanto, abra os olhos. Quando você for atingido pela flecha do cupido – esse sujeitinho, geralmente míope e usuários de entorpecentes – olhe bem de perto, analise bem a pessoa do seu lado. Não negue a realidade, como a paixão nos força a fazer. E acima de tudo, aproveite.

sábado, 21 de agosto de 2010

Pra quem, como eu, adora gatos...

Pontos sobre os relacionamentos

Ao longo de quase 15 anos de flertes, paqueras, namoricos, namoros e 2 relacionamentos, digamos, sérios, me encontro mais uma vez sozinho e não vejo uma luz muito nítida no fim desse túnel. Ou pra brincar com a lei de Murphy, essa tirinha de luz que ainda insiste em dar o ar da graça, muito provavelmente deva ser o trem. Já falei aqui, ou talvez em outro lugar, sobre o que um comportamento patológico que insisto em exercitar, que é a autosabotagem. Mas não é sobre isso que vou falar, já que acredito que nossas decepções são proporcionais às expectativas que criamos.

Isso a parte, tenho o costume de perder relacionamentos prematuramente. Geralmente por um desses dois motivos:

1º - Eu enjoo muito rapidamente da pessoa. Este motivo muitas vezes é resultado de: escolhas mal feitas; defeitos com os quais, no começo, achava que poderia conviver; deslumbramento com o caráter estético da pessoa em questão; medo irracional de ficar sozinho ou simplesmente porque achava que poderia usar a pessoa como um acessório novo, mas que acabou caindo da moda.

2º – Sou descartado sem motivos aparentes ou me torno “amigo”. I'm guilty, confesso. Particularmente, conheço os meus defeitos. Sei que não sou nenhum ubber modelinternacional, sou magrelo, alto, narigudo até, mas há quem me ache atraente. Porém também conheço minhas qualidades. Normalmente, quando somos descartados, a primeira coisa que nos vem em mente é algum de nossos defeitos físicos e convenhamos, defeito, como diz a música “só a bailarina que não tem”. No entanto quando se trata de relacionamentos, realmente, aparência não é o fundamental. E não estou me justificando. 

Alguns amigos dizem que beleza é fundamental. Concordo em partes.
Alguns amigos dizem que dinheiro é fundamental. Concordo em partes.

Porém, acredito que "cabeça" ainda é muito importante. Um bom papo. Um bom discernimento das coisas. Uma boa percepção. Não inteligência apenas. Alma eu diria. 

Agora, se tudo isso vier acompanhado de um bocado de beleza e uma porção de dinheiro, não posso dizer que ficaria decepcionado.

sábado, 19 de junho de 2010

Para o pessoal do Curso




No primeiro encontro do bloco técnico iniciamos o módulo sobre produção de texto. A tutora fez um “warm up” com um vídeo sobre a história da escrita, bem interessante. Em seguida começamos a praticar o modo de escrever com uma entrevista com um colega de sala, afim de que elaborássemos a biografia do mesmo. Minha entrevistada foi a Dalzina e foi bem bacana as coisas que descobrimos sobre nossos colegas de sala quando passamos à socialização da atividade.


Posteriormente passamos a leitura da primeira unidade do módulo. Gostaria de não ter que comentar, já que tenho a fama de ser “chato”, mas foi extremamente desagradável, um material voltado para pessoas de nível fundamental, me senti lendo uma cartilha de redação de 4ª série.


Ainda tratando sobre produção textual fomos divididos em grupos para a criação de alguns tipos de textos, desde paródias até textos publicitários. Para o meu desgosto, minha equipe teve de fazer uma paródia. Faz-se necessário frisar aqui, que a metodologia citada (paródia) já foi utilizada exaustivamente, e coloca os cursistas em situação vexatória. Desaprovo.

sábado, 12 de junho de 2010

Peter Pan...


Durante esses últimos meses um ponto não parou de martelar a minha cabeça, o que resultou em várias outras questões com as quais eu terei de lidar daqui pra frente: Vou fazer 30 anos no mês que vem...

E bem conhecido das pessoas que convivem comigo meu comportamento que simplesmente ignora que o tempo passa... Eu ajo como se fosse um eterno adolescente... Ou, como dizem alguns especialistas, sofro da Síndrome de Peter Pan... Ou seja, me recuso a crescer... Vivo numa eterna Terra do Nunca...

No entanto chega um ponto em que é necessário olhar pra frente... e perceber que o tempo passa SIM...
E que esse passar do tempo, nos traz algumas situações a serem analisadas. Quando decidi então que deixaria para trás a Terra do Nunca, alguns aspectos da minha vida, que será daqui pra frente ADULTA, se colocaram em evidência mostrando o estrago que a essa temporada tão prolongada entre os meninos perdidos me trouxeram...

Vou tratar desses pontos aqui no decorrer desse mês... que precede a data que elegi para o rito de passagem... o dia 26 de Julho... Meu aniversário de 30 anos...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Satisfação...

Tudo bem que já faz bem mais de um semestre inteiro que não escrevo algo direto...
O motivo nem eu mesmo sei ao certo... No começo achei que o blog havia perdido o foco...
Eu mesmo me perdi no caminho e não sabia mais exatamente sobre o que escrever...

O fato é que muitas coisas aconteceram nesse meio tempo... e postei coisas amenas... que não me comprometessem e nem comprometessem o blog... Precisei de um tempo pra mim... e acabei descobrindo que não precisava de tempo nenhum... No final o que aconteceu é que apenas perdi o tempo... ou simplesmente deixei o tempo passar...

Me enveredei por um caminho desconhecido, diferente, excitante, no entanto por medo pratiquei algo que inconscientemente estou acostumado a praticar... a AUTOSABOTAGEM... Não vou entrar em detalhes aqui, até porque já faz um tempinho mesmo... mas saboreei um sentimento tão amargo quanto a derrota:  A FRUSTRAÇÃO...

Discontei em todos os que não tinham a mínima culpa das situações pelas quais eu passei e descobri que o meu maior INIMIGO vinha sendo o meu próprio EU...

Mas decidi que vou continuar escrevendo... porque essa ainda é uma das poucas coisas que posso fazer gratuitamente... ou não... E não vou mais me preocupar com o que escrever... ou se vão ler... O Verdadeiro escritor não escreve pra ninguém... escreve pela simples necessidade de ESCREVER...

É isso... eis aí a minha SATISFAÇÃO... minha e para os que ainda me visitam às vezes...

Ae Rê... obrigado pelo material... KKKKK

domingo, 25 de abril de 2010

Poema do Cume

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no Cume arde
A rosa no Cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o Cume desce
O orvalho no Cume brilha
O mato no Cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao Cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no Cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no Cume seca
O vento o Cume limpa
E o Cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o Cume aparecendo
Mas começando a descer
O Cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no Cume caiem
Abelhas no Cume picam
Lagartos do Cume saiem

À hora crepuscular
Tudo no Cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no Cume aparece


E quando vem o Inverno
A neve no Cume cai
O Cume fica tapado
E ao Cume ninguém vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do Cume cai
E todos ao Cume vão

(autor desconhecido)