domingo, 25 de abril de 2010

Poema do Cume

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no Cume arde
A rosa no Cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o Cume desce
O orvalho no Cume brilha
O mato no Cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao Cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no Cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no Cume seca
O vento o Cume limpa
E o Cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o Cume aparecendo
Mas começando a descer
O Cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no Cume caiem
Abelhas no Cume picam
Lagartos do Cume saiem

À hora crepuscular
Tudo no Cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no Cume aparece


E quando vem o Inverno
A neve no Cume cai
O Cume fica tapado
E ao Cume ninguém vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do Cume cai
E todos ao Cume vão

(autor desconhecido) 

sábado, 24 de abril de 2010

Durkheim versus Marx


De acordo com o horizonte intelectual de sua época, acreditava Durkheim no aperfeiçoamento moral da humanidade, o que pressupunha conceber as transformações econômicas como insuficientes para regenerar os laços sociais esgarçados pelos conflitos característicos de uma sociedade em transição. Por partilhar de uma visão evolucionista da sociedade, Durkheim enxergou os conflitos de sua época como transitórios e não estruturais, vendo-os como o efeito passageiro de uma ruptura que prenunciava uma nova moral, onde os indivíduos seriam levados a aceitar as funções que lhes coubessem na hierarquia social. Tal crença no caráter transitório e não estrutural dos conflitos traduz com clareza sua concepção orgânico-evolucionista de sociedade. Por isso Durkheim acreditava que a sociedade evoluía através de reformas que aperfeiçoavam a sociedade. Os conflitos não necessariamente deveriam levar a uma revolução como solução dos novos fatos sociais que se apresentavam, mesmo porque o surgimento desses fatos é constante, assim como o processo reformista da sociedade também o é.
Segundo Marx, a sociedade só poderia evoluir através de revolução, e a próxima e última revolução que a sociedade deveria passar era a socialista. No seu manifesto Marx cita a revolução burguesa (francesa) que levou a ruptura do modelo econômico e social que dominava o mundo antes do atual, sobretudo os principais aspectos que ela modificou na sociedade, segundo Marx: “Vemos, portanto, como a própria burguesia moderna é o produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma série de revoluções (Umwälzungen) nos meios de produção e de transporte.” Assim como a burguesia assumiu papel como classe dominante da sociedade, destruindo o poder monárquico e religioso, o proletariado deveria assumir através da revolução socialista.
Particularmente, acredito que a teoria de Durkheim favorece as classes dominantes e é uma ideia que prevalece até hoje, de que os problemas são superficiais e não estruturais, portanto não concordo. E a de Marx, é uma ideia socialista que visa uma revolução, não acho que seja funcional, como exemplo a sociedade cubana, portanto não concordo também. Faz-se necessária uma teoria mais realista, aplicável a sociedade contemporânea.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Atividade do Curso... kkkkkkk


A partir da sua experiência como funcionário de uma escola somando ao que você aprendeu nesta unidade, como você enxerga o papel da escola? Você acha que ela só cumpre o papel ideológico de manter as coisas como estão ou você acredita que ela pode contribuir para a formação de consciências libertadoras que fortaleçam a luta pela transformação social?
Nesta unidade, aprendemos muitas “teorias” sobre como deveria ser a educação e qual deveria ser o papel da escola. Acho que muitas dessas “teorias” seriam interessantes se fossem realmente colocadas em prática. Porém não é isso que vemos em nossa realidade. O papel da escola vem sendo torcido e distorcido, seja pelos governantes, que a cada mandato impõem politicas educacionais novas; seja pelo judiciário, que acha que a escola é lugar de jovens infratores, colocando em risco a segurança de professores e alunos; seja pelos pais, que acham que a escola é um “depósito” de seres humanos, no qual eles depositam seus filhos para que sejam educados, isentando-se de suas responsabilidades; ou ainda pelo próprios professores, que de vocacionados são poucos, e que se preocupam mais com o salário do que com a qualidade da educação.
Concluindo, unindo o que aprendemos até agora com o módulo aliado à experiência como funcionário de escola, vejo a escola como uma instituição a beira da falência, que nem o papel ideológico de manter as coisas como estão está cumprindo, que dirá formando consciências libertadoras que fortaleçam a luta pela transformação social. É uma instituição que clama por transformações, mas que se encontra amarrada pelas circunstâncias sociais nas quais vivemos. No entanto essa é apenas uma opinião.