sábado, 24 de outubro de 2009

Um

Um conhece o outro numa noite que em que o um não tem mais o que fazer.


A principio parece que a única coisa que os dois procuram é sexo.

Um acha o outro lindo. Um vê outro como alguém especial,

Alguém que poderia preencher o vazio que um vem sentindo há muito tempo.

Logo outro mostra que na verdade, apesar de sexo ser muito bom,

Outro quer é grana. Um percebe isto, mas leva tudo muito suavemente, na falta de um adjetivo melhor...

Um faz sexo, afinal sexo é bom,

Acha que outro vai gostar de sua maneira de fazer sexo e esquecer da grana, afinal sexo parece ser maior que grana, ou ainda que os sentimentos são maiores que a grana...

Um, gosta do sexo, ou ainda um acha que tem sentimentos no momento do sexo,

Mas não tem, outro só pensa na grana. Um pensa na tristeza da prostituição.

Acha que os sentimentos estão acima do dinheiro, e que uma pessoa “de verdade” se encontrará e descobrirá que os sentimentos são maiores que o dinheiro, os sentimentos são mais nobres, e que todo mundo quer ser nobre... Mas não quer... Nem todo mundo quer ser nobre, ou melhor, poucas pessoas querem ser nobres, ou melhor, ninguém quer ser nobre porra nenhuma... As pessoas querem dinheiro...

E acaba do sexo...

E agora? É dinheiro ou o sentimento? E quem ganha é sempre o dinheiro...

E uns pagam... E então um pensa:

“Quem tem dinheiro não liga muito pro sexo, prefere os sentimentos.

Quem não tem dinheiro, não liga pra sexo, prefere o dinheiro.

Quem não tem sentimentos, não liga pra dinheiro, nem pra sexo.

Quem não tem sexo, não liga pro dinheiro, nem pro sentimento, prefere o sexo.”

E está totalmente errado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Conto: Decepção


Foi numa tarde de domingo. Ele passeava pelos canais da TV, tentando achar algo que o fizesse deixar de pensar nos dias anteriores, porém sem muito sucesso, já que a troca de imagens simplesmente facilitava ainda mais sua alienação, fazendo-o relembrar cada detalhe daquele feriado indescritível, daquelas vinte e quatro horas na companhia mais agradável que ele poderia ter encontrado, depois dos sete meses de clausura, causada pelo fim de seu relacionamento com Fernanda.
Lá fora um vento frio e seco insistia em soprar, anunciando que finalmente o outono chegara. Mudança de estação, mudança de postura.
Ele conheceu Renata em uma noite em que resolveu que não valia mais a pena lamentar pelo que já não existia, e tentava se manter frio e seco, assim como o vento daquela nova estação, afim de não ganhar novas feridas, já que as antigas ainda não haviam se tornado cicatrizes. No entanto, sucumbira aos encantos, tão terrivelmente arrebatantes, daquela doce criatura que acabava de conhecer e ali se encontrava tentando convencer a si mesmo de que a paixão era um mito. Ou isso era algo que ouvira em algum comercial que passava na TV.
Inesperadamente uma canção antiga começa a tocar, fazendo-o sair de seu transe e suscitando a lembrança da responsável por suas ainda não curadas feridas. No visor do celular a constatação: Fernanda chamando...
Deixou tocar um pouco mais, depois atendeu com uma voz um tanto apática.

  • - Alô!

    - Oiiii! - exclamou ela, com um tom extremamente agradável.
    - Quem é? - perguntou ele, afim de que ela achasse que já não tinha mais o seu número gravado.
    - É a Nanda. – apelido pelo qual só ele a chamava.
    - Ah! Oi Nanda. – exclamou ele, tentando transmitir surpresa.
    - Está fazendo o que? - perguntou ela, com a voz provocante.
    - Assistindo TV. - respondeu ele.
    - Vai ficar assistindo TV o dia inteiro? - provocou ela.
    - Por que? Tem algo mais interessante em mente? - retribuiu ele.
    - Precisava falar sobre um assunto com você. - disse ela incisiva.
    - Tudo bem. É só o tempo de eu tomar um banho. - respondeu, representando mais ansiedade do que gostaria.
    - Não. Toma banho aqui. Senão vai demorar mais. - disse ela, fazendo com que ele ruborizasse do outro lado da linha.
    - Tudo bem. Daqui a quarenta minutos estarei aí. - disse ele, já não conseguindo mais esconder a impaciência.

Segundos de comoção sucederam o fim daquela conversa, os quais ele permaneceu atônito, com um turbilhão de pensamentos, dúvidas, sentimentos e incertezas afligindo sua mente e seu coração. Ele inspirou intensamente e expirou, tentando com a respiração tirar um pouco da ânsia que o consumia naquele instante.
Pensava em Renata. Sofria com a possibilidade de vir a magoar aquela que representava uma chance de começar de novo, de se reconstruir. Ele a veria dali a algumas horas, conforme combinado em sua despedida na noite anterior. Mas também pensava em Fernanda. Arrumava uma pequena mochila com alguns produtos de higiene pessoal, já que ponderava até mesmo a possibilidade de acabar dormindo na casa dela, afinal ela o tinha “ordenado” que tomasse banho lá. Mas essa mesma possibilidade o assombrava, ao imaginar o que diria à Renata. E lembrava de seu cheiro, de seu toque e de todas as coisas sobre as quais eles conversaram durante horas a fio. Ele estava aflito, parecia-lhe que a vida estava lhe pregando uma peça. No momento em que ele decide deixar pra trás toda sua história atribulada com Fernanda, quando ele, depois de meses de angústia, agonia e privação de suas relações sociais, encontra alguém que poderia fazer com que ele acreditasse novamente no amor, o que parecia arrematado se desata. A confusão em sua mente era muito grande e ele não sabia como agir, estava simplesmente se deixando levar pela corrente naquele rio caudaloso em que se transformara aquela tarde fria de domingo.
Vestiu uma roupa qualquer, arrumou o cabelo e passou um perfume barato. Com a mochila às costas, pegou sua moto e seguiu o caminho em direção à casa de Fernanda, deixando pra trás o remorso de estar destruindo algo tão promissor que ele e Renata poderiam estar começando a construir.
Como não acontecia há muito tempo, ele passou a se lembrar de todos os detalhes do corpo de Fernanda, seus olhos, seus cabelos, sua boca, sua voz, a suavidade de sua pele, enfim todas as qualidades, que ele há muito tentava esquecer, e que até pouco tempo conseguira, suprimidas pela mágoa com a qual o fim da relação o havia presenteado. Mas naquela ocasião, ele estava disposto a deixar todo o sofrimento pelo qual ele havia passado, e todo rancor que um dia ele nutrira por ela, para viver com aquela que ele havia escolhido para ser a única dona de sua vida.
O tempo parecia passar em câmera lenta. Apesar de sua moto marcar quase cento e vinte quilômetros por hora, a quantidade de pensamentos por segundo fazia com que a paisagem no trajeto se paralisasse. A expectativa era muito grande, ele pensava na reconciliação sonhada nos últimos meses, e tudo aquilo que ele sentia no inicio do namoro, tudo aquilo que ele havia tentado esconder como uma mola numa caixa, simplesmente o havia dominado novamente. Cada quilômetro percorrido era um quilômetro a menos que o separava do tal assunto sobre o qual Fernanda queria falar com ele. Ele não tinha mais dúvidas. Entre eles não havia outro assunto que não fosse eles. Ela certamente havia descoberto que o fim do namoro fora um erro. Ela percebera que não poderia encontrar ninguém em sua vida que a amasse mais que ele, que todos os planos que ele havia elaborado com tantos detalhes, deveriam sim ser concretizados: a casa, o casamento, os filhos. Ela havia se atinado enfim ao fato de que os dois poderiam ser felizes, e juntos.
Ele estava muito próximo. Cada esquina dobrada representava uma porta aberta para a vida de contos de fadas, com a qual ele havia há tanto imaginado, ao lado de sua princesa de olhos esmeralda e cabelos dourados.
Quando enfim chegou ao seu destino, mal conseguia se conter de emoção. Suas mãos minavam suor, sua boca parecia cheia de areia e um tremor incontrolável tomava conta de seu corpo. Foi quando ela apareceu impecavelmente bem vestida, cabelos ao vento e ostentando, além do habitual sorriso, uma taça de vinho tinto. Ele não conseguiu esboçar nenhuma reação que não fosse manter-se estático, boquiaberto, admirando toda aquela beleza e sensualidade que um dia foram suas.
Ela o recebeu com um “olá” e um beijo no rosto e ele ainda sem conseguir articular uma palavra sequer.
Foi quando atravessou a porta um rapaz alto, também loiro, até bem apessoado, que ela apresentou como sendo seu marido. Haviam se casado há uma semana e ela queria que ele o conhecesse.
Ainda mudo, ele colocou de novo o capacete, ligou sua moto e saiu, culpando a si mesmo pela dor da decepção, pois havia sido ele quem criara expectativas.
E voltou pra casa. Ainda havia tempo de se encontrar com Renata.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quando o não quer dizer sim


O ser humano é o único animal que possui o dom da palavra.
Sim da palavra e não da linguagem. Há momentos em que paro pra pensar e penso que a palavra, que às vezes é uma benção, às vezes complica tudo. Se não dispuséssemos da palavra, dependeríamos dos sentidos pra entender as coisas e dificilmente erraríamos. Veja os animais, não precisam das palavras e no entanto se entendem muito bem, sabem pelo olfato o momento de acasalar e descobrem naturalmente se são compatíveis ou não.
Já o homem, precisa gastar neurônios e dispor de muito tempo para ter a oportunidade de “ficar” com alguém, o que não quer dizer que haverá sexo, diferente dos outros animais que quando conquistam uma parceira não têm dúvidas quanto à cópula.
Não que eu esteja falando especificamente sobre sexo, o que quero dizer é que sem ter a habilidade de emitir uma simples palavra sequer, os animais conseguem cumprir todas as etapas com louvor de um dos rituais mais complexos da natureza – que é o sexo.
Já o homem, por usar a palavra, corre o risco de ser mal interpretado, de não fazer-se entender – e arrisco a ir muito mais além – de ter o rumo de sua vida totalmente mudada, por conta de a palavra abrir precedentes a incógnitas, sentidos variados e múltiplas interpretações. Um exemplo disso é a simples necessidade da existência de advogados.
Portanto, corro o risco de ficar sozinho no carro, quando às 3 horas da manhã, eu digo:
“Então vai. Amanhã você tem que acordar cedo. NÃO quero te prender.”

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Insônia


Esperando falar de mim
Tento abrir minha mente, deixar a alma falar
Quando na verdade tudo que preciso é escutar
A necessidade de aprovação, de resposta
Lembrança de cheiro, sabor, texturas
Nada disso é importante, deveria ser?

Minha servidão dá-se na busca da profundidade
Quem poderá entender?
Talvez tenha encontrado, mas de alguma forma
Me julgo tão longe de alcançar
Culpa minha, ou não...

Tantas outras coisas parecem mais importantes
Rotinas, compromissos e outros
Caminhos que poderia seguir em segurança
Me arrisco até mesmo a fazer o que?
Esperar...

Perder a cabeça...

 
Com a permissão de minha amiga Fafá posto aqui hoje, um texto dela muito divertido, que ilustra momentos pelos quais todo mundo passa.
Fafá, muito obrigado e lá vai:

Você já perdeu a cabeça hoje?
Descobri que a coisa mais provocante do ser humano é perder a cabeça por alguma coisa.
Dá uma sensação de alívio interior, repõe as energias positivas e expele as negativas, caso você as tenha.
Na verdade, perder a cabeça não é fácil. Temos que primeiramente, fazer com que esse momento "insano" realmente produza algo ou algum efeito.
O momento mais delicioso de se perder a cabeça é aquele que faz com que todos parem ao seu redor, e te olhem com cara de "nunca imaginei de que você fosse capaz disto"!
Acredito que o ápice de tudo isto esteja aí. Na reação de quem presenciou este momento.
É a perda da cabeça inesperada ou então daquele que nunca a perde, mas que por motivo muito bem conhecido, como dizem os mais experientes "a gota d´agua" do sofrimento acumulado, transforma-se em um dilúvio encantador (para você, é claro).
Porém, não é toda hora que você pode perder a cabeça. Assim vira rotina.
A cabeça bem perdida, deve ser minusciosamente planejada e estudada friamente, para que o momento seja inesquecível e ao mesmo tempo respeitado.
Não se esqueça que uma perda de cabeça mal calculada pode causar danos (para você, é claro).
Nada mais delicioso do que a satisfação (para você, é claro) de ver caras e bocas de paisagem, tiranos confusos, mascarados intrigados com tal atitude irresponsável e ao mesmo tempo reparadora. Muitos ainda, serão sua platéia, e irão te aplaudir, mesmo que interiormente, tenha certeza disso.
Perder a cabeça, de vez em quando revigora. É xarope para todos os males que nos fazem muitas vezes engolir a seco determinadas situações, pessoinhas, barreiras.
E você?
Quando irá perder a sua cabeça?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Só pra relaxar...

Gente, recebi por e-mail e não resisti...
Pra quem eu não encaminhei por e-mail pode ver aqui


Demorou, mas saiu!

As pérolas do ENEM 2008
 
O tema da redação do Enem 2008 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

      1) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."
(percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)

      2) "A amazônia é explorada de forma piedosa."
(boa)

      3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta."
(tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

      4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."
(e na velocidade 5!)

      5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta."
(pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

      6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é a lei)

      7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)

      8) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (o verdadeiro milagre da vida)

      9) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta."
(também fiquei emocionado com essa)

      10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

      11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas."
(esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)

      12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna."
(amém)

      13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza."
(e as renováveis?)

      14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)

      15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)

      16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias."
(peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

      17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (o quê?)

      18) "Paremos e reflitemos."
(beleza)

      19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas."
(onde está o Guarda Belo nessas horas?)

      20) "Retirada claudestina de árvores."
(caráulio)

      21) "Temos que criar leis legais contra isso."
(bacana)

      22) "A camada de ozonel."
(Chris O'Zonnell?)

      23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor."
(a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

      24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas sem coração."
(para fabricar o papel que ele fica escrevend asneiras)

      25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável."
(campeão da categoria "maior enchedor de lingüiça")

      26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação."
(NÃO!)

      27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises."
(gênio da matemática)

      28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes."
(red bull neles - dizem as árvores)

      29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório"
(ótima)

      30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando."
(subindo!)

      31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc."
(deve ser a globalização)

      32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem."
(gzus)

      33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis."
(imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

      34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia."
(oh god)

      35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?"
(dicionários)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não sei bem o que dizer...



Sete dias de jornada. Digo jornada porque, por mais que pra alguns não pareça, tentar parar de fumar é algo de uma dificuldade muito grande, é como se seu cérebro brigasse com você.

A sensação que se tem é aquela cansativamente ilustrada em desenhos animados, a de se ter um diabinho e um anjinho um em cada ombro dizendo para você:

- Se você fumasse agora, que delícia que seria, você ficaria relaxado. Imagine você fumando.

- Não! Se você não fumar é que vai ser bom. Já pensou o orgulho que terão de você, conseguiu vencer o vício.

- Que bobagem! Você vai deixar de ter um prazer que você gosta para agradar os outros.

- Mas não é só por isso. Imagine o bem que você vai fazer pra sua saúde.

- Mas você nem quer viver muito mesmo. Antes uma vida curta bem vivida do que uma vida longa e chata.

- E esse maldito remédio que não faz efeito. Não era pra eu parar de pensar no cigarro?


PUF


E os dois somem e você toma um copo de água bem gelada e volta a assistir TV.


Segundo ponto relevante: O remédio do tratamento não pode ser ingerido se o paciente for consumir bebidas alcoólicas. Bom, numa segunda, até mesmo terça-feira tudo bem. Mas daí chega a sexta-feira, inevitavelmente alguém marca da sair depois do trabalho ou te chama pra jogar uma sinuca.

OBS.: Sinuca para mim é simplesmente desculpa para o consumo excessivo de cerveja, visto que eu não jogo nada e geralmente quem cai de parceiro comigo acaba querendo quebrar o taco na minha cabeça.


Caso específico – Nesta última sexta-feira, marquei um encontro literário com um grande poeta e amigo meu, o Beto. Alguém já viu um encontro literário regado a suco de laranja por acaso? NÃO!

Nunca me esqueço de uma fala de Sandra Bullock no filme 28 Dias, quando indagada acerca de seu alcoolismo: “Eu não sou alcoólatra. Sou escritora.” Sem comentários.


Ou seja, não tomei o remédio na sexta-feira, bebi, fumei (não sei quantos). Enfim. Sexta-feira seguida de fim de semana prolongado, digamos que, bom, hoje é terça? Amanhã eu volto a tomar o remédio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mudanças!?!?!?!?!?!?



Como é de conhecimento dos meus amigos, sou fumante...

Até já escrevi, não neste blog, no partículas sobre o cigarro... E, ao contrário da maioria das pessoas, não criticando, mas defendendo o cigarro e o hábito de fumar...

No entanto, acredito que o fato de defender o cigarro, talvez deva-se a um sentimento de orgulho ferido por não conseguir parar de fumar...

Orgulho ferido, por uma “porcariazinha” de 10 cm, ter dominado minha vida há mais de 12 anos...

Já tentei parar de fumar várias vezes, querido leitores, sem sucesso...

Da última vez que tentei parar de fumar, tive uma crise de abstinência terrível.

Meu maxilar travou, eu babava, e chorava sem parar... até que fumei... detalhe: isso aconteceu no sétimo dia sem cigarro.

Várias outras tentativas se sucederam... todas sem sucesso...

Ontem, eu comecei um novo tratamento... que vou contar aqui dia a dia.


Só pra constar: Para auxiliar no processo antitabagismo, estou usando um medicamento, receitado pelo meu médico. É um antidepressivo chamado BUP – Cloridrato de Bupropiona.

sábado, 29 de agosto de 2009

Tecnologia!?!?!?!?!?!?


O que a tecnologia veio fazer?

Os blogs, o Twitter, orkuts, MSNs, nos dão a oportunidade de expor nossas ideias, nossos pensamentos...

Antes usávamos blocos de anotações para marcarmos ideias, usávamos agendas ou diários para registrar nossas acepções com relação aos fatos cotidianos, arriscávamos até escrever nossas opiniões em cadernos e tudo isso escondíamos dos outros... Agendas bem guardadas, diários trancados com cadeados e cadernos escondidos embaixo do colchão...

Escritores profissionais escreviam com propósitos, faziam da linguagem uma arma, contra a sociedade, contra o governo, contra a própria linguagem... A necessidade da publicação de seus escritos, fossem poesias, fossem crônicas, fossem contos, romances ou até mesmo músicas, surgia da urgência do uso daquela arma... O sentido de uma munição é atingir um alvo... E o sentido das publicações também...

Hoje todo mundo escreve. O que antes era guardado a cadeados, embaixo dos colchões, é escancarado a quem quiser ler. Ao alcance de todos, gratuitamente.

Antes os escritores se reuniam em bares, em lugares boêmios, para beber e discutir a sua literatura. Hoje temos grupos de discussão virtuais, comentários em blogs, respostas a tweets, etc... Nunca se escreveu nem se leu tanto na história. No entanto, esse acesso fácil a todo tipo de escrita (não ouso chamar de literatura) acabou por banalizar a arte de escrever.

Talvez eu também tenha me tornado banal... E agora o que fazer?


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Branco



Quase 20 dias sem postagem! Várias tentativas, nada.

Crise. Tentei escrever, não consegui.

Sentava na frente do PC, branco.

Pensei, pensei, pensei, não descobri exatamente o motivo, mas tive algumas idéias.

1) Desde o começo do blog, eu falei sobre assuntos muito diversos, não mantive um foco;

2) Escrevo mais preocupado em quem vai ler do que no que realmente quero escrever;

3) Falta de interesse geral;

4) Pensei em escrever sobre estilo de vida. Mas e o resto?

5) Pensei em escrever sobre moda. Mas e o resto?

6) Pensei em escrever sobre educação. Mas e o resto?

7) Pensei em escrever sobre decoração. Mas e o resto?

Enfim, pensei que a finalidade disso aqui é eu escrever sobre o que eu quiser.

Escrever sobre mim.

Escrever sobre tudo isso que eu citei.

Escrever sobre sentimentos.

Escrever sobre escritores.

Escrever sobre escrever.

Escrever.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pirando...



Xô vírus, xô pânico, xô pandemia...


Como todo mundo, as escolas do Paraná estão fechadas em virtude da Gripe A (H1N1), não, não, não vou falar sobre esse assunto tão difundido na rede. Acho que já tem gente demais falando nisso.


Com as escolas fechadas, sem alunos, não temos muito o que fazer.


Obs.: As escolas estão fechadas, mas nós funcionários temos que cumprir horário, atender telefone, essas coisas... Ridículo, eu sei... Mas eu simplesmente cumpro ordens...


Bom, essa é minha primeira postagem depois do meu aniversário, ou seja, fora do meu inferno astral, mas parece que ele ainda está presente...


Tive algumas divergências no grupo de teatro, troquei a atriz que fazia a protagonista da peça pela suplente, que aliás está arrasando, estou pensando seriamente em trocar o ator mirim que faz o papel infantil... Estou pensando em trocar algumas amizades que percebi, não estão correspondendo... Enfim, sabe aquele momento da vida em que se você pudesse, apagava tudo que já passou e começava do zero...


É mais ou menos como se pudesse pegar todas as roupas do closet queimar, e comprar todas novas, com um novo estilo... Sabe quando parece que nada mais serve mesmo que você reforme...


Então o jeito e deixar aquelas roupinhas lá... separadas... até que apareça alguém pra quem você possa doar...


Tô confuso né? Num dá nada não...


Ah, a partir de quinta-feira vou postar os ensaios da peça no youtube.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Conveniência

Abaixo texto de um amigo muito estimado que me pediu espaço aqui no blog...
Espaço cedido:




Venho aqui para falar de um assunto um tanto polêmico, a tal da gripe suína e a sua incrível conveniência, na certa vocês leitores devem estar achando um tanto estranho chamar uma epidemia de conveniente, mas é o que ela de fato é.

Há algum tempo só se falava da crise que afetava o governo de todos países do mundo, e um fato interessante é que em todos os momentos da história sempre que isso ocorria iniciava-se uma guerra, ou como prefiro chamar: “quarta setor da economia”. Guerras funcionam mas tem um problema não são todos os países que aceitam entrar em uma ultimamente, porém uma epidemia, todos os países têm que entrar em consenso, só no Brasil gasta-se por paciente 3.400 reais com um tratamento de Aids e é uma medida obrigatória investir tanto dinheiro com tratamento de doenças, o caso da gripe suína é o mesmo. Um país tem que adquirir remédios para uma doença como essa mesmo que não disponha de recursos, neste caso os países mais ricos farão um empréstimo para os menos ricos. O Brasil já comprou um lote de 54 milhões de comprimidos Tamiflu remédio aconselhado pelo ministério da saúde mundial para o tratamento da doença, e pode-se adquirir mais 9 milhões caso necessário.

Muito conveniente que essa gripe apareça fazendo a economia andar justo quando se precisava de algo que o fizesse, pode parecer pouco mas essas coisinhas baratas como: papel toalha, sabonete líquido, máscaras, tudo isso está fazendo girar muito dinheiro. Se você pesquisar um pouco vai saber que essa não é a primeira “super-gripe” já tivemos outras como a espanhola e a aviária ambas já no esquecimento da população, estas epidemias parecem muito com bandas de rock que vêem fazem uma temporada e depois fica no esquecimento e pouca gente fala sobre elas ou se quer se perguntam o que aconteceu? Porque não se tem mais casos? Sumiram? Desapareceram, é isso? Como eles não conseguem criar um remédio para a gripe e para estas “super-gripes” eles conseguem? E muito rápido por sinal.


Está sendo trabalhado para o desenvolvimento de uma vacina, se tudo der certo em outubro os EUA já terão a vacina pronta e o Brasil apenas em fevereiro de 2010, não é um tanto quanto conveniente os EUA país que mais sofria com a crise ter que movimentar esse dinheiro todo? Quando o Brasil tiver as vacinas calcula-se que pelo menos 35% da população terão sido infectadas, ou seja 63 milhões de pessoas, isso em apenas seis meses.

É um tanto chato pensar que parece existir um “estoque de novas doenças guardadas em vidrinhos” e quando se precisa eles escolhem um aleatório e o usam para mover a economia.

By : O Andarilho

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Inferno Astral

Fim da folga...


Olá pessoal, sei que fui relapso com o blog durante minhas férias, peço perdão...

Mas acho que férias é pra isso mesmo, se desligar, esquecer da vida, e aproveitar ao máximo o tempo livre...


Bom, tive 35 dias pra ficar sem fazer nada... Mas quem consegue ficar sem fazer nada...

Fiz um monte de coisas... Conheci uma pessoa especial, comecei a namorar, comecei a reformar a minha casa, comprei um carro, passei a direção do grupo do teatro pra outra pessoa, peguei a direção de volta, acelerei o processo de montagem da peça, comecei um negócio, abandonei o negócio, terminei meu namoro, viajei, briguei com meu melhor amigo, quase saí de casa, ri um monte, chorei um pouco, bebi mais do deveria (váááárias vezes), tive ressacas horríveis e finalmente retornei à minha rotina normal... Totalmente diferente do que eu era quando saí em férias... Até o cabelo... O que posso dizer de tudo isso... foi um mês bem atribulado... Deve ser porque estou no meu inferno astral...


Nunca mais pego férias nessa época do ano...




terça-feira, 16 de junho de 2009

Indizível...


Há pessoas no mundo, ou melhor em nosso convívio que se julgam ser o que não são. Frase feia, extremamente clichê. Diz-se das pessoas que ostentam roupas caras, de marca, carros e jóias, mesmo que suas contas bancárias estejam no vermelho e seus nomes registrados no serviço de proteção ao crédito, pessoas que querem ser o que não são.

Em geral esse tipo de pessoas são fúteis, não conseguem enxergar além das aparências e valorizam o que de menos valor podemos ter: posses. Sendo esse quadro em si um tanto triste, ainda não é o mais terrível. Porque apesar do vazio existente nesse tipo de pessoa, elas em geral sorriem e conseguem sentir satisfação e prazer com a compra de um sapato ou com o olhar de inveja de alguma amiga.

Pior que isso, sim, é quando a pessoa quer ser o que não é, em se tratando de nível intelectual.

Acontece que QI não se vende nas lojas da GUCCI, nem vem de brinde com uma bolsa FENDI. A intelectualidade pode presentear o ser humano de algumas maneiras. A primeira delas é involuntária, congênita e acontece com qualquer tipo de pessoa. Desde o filho do chefe geral e presidenteda multinacional, até o filho da mãe solteira moradora de rua e afro-brasileira.

Ou seja, QI não se compra.

Outra maneira é voluntária, menos democrática, porém passível de desvios, acontece apenas aos pacientes, que tenham acesso aos bancos escolares, bibliotecas, entre outros meios de acesso ao saber e ao conhecimento mundial.

A primeira maneira é segura, é quando o indivíduo nasce com o seu QI avantajado, portanto a inteligência lhes é inata, o controle sobre ela é inerente ao sujeito e dele é todo o mérito por suas conquistas. Da segunda maneira a intelectualidade pode ser "construída", "trabalhada" e "lapidada", seja através de livros ou mestres. Portanto qualquer um que tenha tempo ou posses pode, de alguma maneira, tornar-se inteligente, quando essa faculdade não lhe tenha sido presenteada ao nascer.

Porém há quem tente, e não se esmere, no caminho árduo do conhecimento construído e talvez por posição social, ou avanço cronológico, ou até por, em algum momento da vida, se encontrar em posição de poder, sinta-se no direito de ser o que não é e use de artifícios retóricos adquiridos para convencer os que lhe cercam de que sua superioridade é autêntica.

Mas esse quadro se torna extremamente triste quando o indivíduo em si tem consciência de que a autenticidade de sua superioridade não existe. Esse tipo de pessoa é ainda mais infeliz do que aquela que compra um sapato ou um carro novo, pois sua consciência lhe culpa o tempo todo e ela não sorri.

Dificilmente se sente satisfeita com alguma coisa e sabe que quase nunca tem mérito em suas conquistas. Dinheiro nenhum do mundo pode comprar superioridade intelectual e a mediocridade marca essas pessoas, que não aos outros, mas a si mesmas tentam convencer do que são, e morrem tentando.


P.S.: Estou de Férias.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pra chocar!



Em fase de produção e com vídeos teaser soltos na internet, uma série e um filme com temática gay.
Digo temática porque o diretor do filme em questão declarou em entrevista que "não fez um filme gay". No entanto, o enredo do mesmo gira em torno do amor, sim amor entre dois irmãos, ou melho, meio-irmãos. Homens.


O filme "Do começo ao fim", dirigido por Aluízio Abr
anches tece a história de Francisco e Thomáz, meio -irmãos que no decorrer de suas vidas, transcendem a fraternidade e os laços sanguíneos e vivem um romance, desde a infância, que traduz de forma muito pouco ortodoxa, o mais completo sentido da palavra AMOR.

Indicado não só à comunidade gay, mas a toda mente preparada, tratando de assuntos extremamente polêmicos: o incesto e a homossexualidade, "Do começo ao fim" certamente será um marco do cinema nacional, elaborado, complexo e no mínimo interessante. Com Julia Lemmertz e Fábio Assunção.

Com estréia prevista para agosto, vale a pena conferir.



Já caRIOcas, é uma série em negociação com alguns canais pagos, retrata o lado colorido do mundo gay.
A exemplo do americano "Queer as folk", é uma série mais voltada para o cotidiano da vida gay, os conflitos, as paqueras, as badalações, etc. Tudo o que as pessoas tem vontade de saber, mas tem medo de perguntar.

As duas produções, independente do barulho que possa causar, já vale a pena pela coragem...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Coisas sem noção para se fazer no motel

De um e-mail que recebi de uma amiga,

27. Girar 180 graus na cadeira erótica, berrando: “Ziiim, ziiim!
26. Bater na porta da suíte ao lado e perguntar se foi ali que pediram um bacalhau.
25. Repetir a operação do item anterior nas outras 117 suítes.
24. Chamar uma garçonete e atender a porta pelado.
23. Levar um grupo de amigos e sair vendendo tupperware pelos quartos.
22. Botar o carro na frente do quarto, levar uma mangueira e lavá-lo.
21. Na entrada do motel, perguntar ao porteiro se ele viu a sua esposa entrando ali com outro.
20. Levar um megafone e gritar da sua janela: “Rosânia, sua cachorra ordinária, eu sei que você tá aqui, lazarenta!!!”
19. Levar seu cão dinamarquês, ligar para a recepção e pedir água, camisinhas e ração Bonzo.
18. Ficar de pé na portaria do motel dando “oi” para os carros que entram.
17. Abrir as portas do carro dentro da vaga e ligar o som no talo numa música de Bruno e Marrone.
16. Antes de chegar na recepção, baixar as calças, encaixar o RG no meio das nádegas e entregá-lo a mocinha falando: “Boa-noite, sou um boneco de neve e queria uma suíte com ar condicionado bem geladinho”.
15. Dizer que é voyeur e pedir um quarto com vista para o quarto dos outros.
14. Ir desacompanhado e perguntar se a recepcionista não quebraria o seu galho.
13. Ir com a família inteira até a porta do motel e indagar ao vigia quanto custa o aluguel e condomínio das casas.
12. Perguntar ao segurança do motel se ele, por acaso, é michê.
11. Interfonar para a cozinha pedindo um peru e dois ovos.
10. Ir a pé.
09. Dizer ao atendente, na portaria, que está com um cadáver no porta-malas e que precisa de ajuda para colocá-lo na cama.
08. Tirar todos os produtos do frigobar e colocá-los dentro da sauna ligada pra ver o que acontece.
07. Ligar para a recepção pedindo uma bomba de encher pneu porque sua boneca inflável está vazando.
06. Antes de sair do quarto, deixar um despacho completo, incluindo galinha preta, charuto e cachaça, ao lado do cama.
05. Descolar tinta preta, pincel, brocha e promover uma pintura estilo dark na suíte.
04. Espalhar gel transparente em todo o quarto: lençóis, tela da tevê, frigobar, toalhas, abajures, tapetes, espelhos e paredes.
03. Levar um filhote de patinho e, ao ir embora, deixá-lo nadando na piscina.
02. Promover um apagão no motel inteiro jogando o secador ligado na Jacuzzi.
01. Pagar com tíquete-refeição.

Alguem já fez alguma dessas?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Só sei que nada sei!

Como é do conhecimento de meus amigos, trabalho com teatro há quase doze anos. Não é lá grande coisa, tendo em vista que gostaria de ter experimentado muito mais dessa arte tão intrincada de nuances durante esse período, que me parece ao mesmo tempo tão longo e tão curto... Longo tendo em vista que doze anos é uma vida... E curto, já que depois desse tempo todo, eu ainda me sinto um “ignorante” em relação ao fazer teatral, e dando aulas de técnicas de palco no Studio de Dança Edson Biage, comprovo que a cada sessão eu aprendo mais do que ensino...


Justificando o título do post:


“Só sei que nada sei.” Essa frase foi usada por Sócrates, como uma forma de crítica aos sofista, que vendiam seu conhecimento e se julgavam sabedores de todas as coisas. Dizendo isso, Sócrates assumiu uma posição de ignorância e humildade perante o conhecimento.

Para os sofistas, o conhecimento era algo do qual eles poderiam se apoderar, ao passo que Sócrates via o saber como algo que era inerente a ele, algo que ele não possuía, porém amava. Portanto, Sócrates o perseguia, o procurava, tendo em vista que o conhecimento e algo pelo qual precisamos lutar, ou buscar.


Mas por quê citar Sócrates agora?(já que todos estavam esperando a parte III da série de artigos sobre a Educação).


Passei os últimos dois meses preparando uma oficina sobre teatro. Por mais que eu já tenha feito diversas oficinas, tenha me formado no Curso de Teatro na Casa da Cultura e ainda tenha estudado teatro na faculdade durante quatro anos, ainda me sentia despreparado para orientar uma oficina de oito horas seguidas, voltada para o grupo de teatro da Universidade Tecnológica, ou seja, público iniciado, pessoas que já têm contato com o mundo do teatro.


Então pesquisei, estudei, li, até cheguei a traduzir exercícios do original do fichário de exercícios da americana Viola Spolin, afim de que a oficina fosse de qualidade, que atendesse as expectativas do pessoal da Universidade, ou que até mesmo surpreendesse-os, já que busquei assuntos interessantes e muito pertinentes ao fazer teatral e encontrei até coisa inéditas pra mim, que já estou na vida há algum tempo.


Mandei o programa para análise e hoje recebi a notícia do dono do Studio, dizendo que a oficina havia sido cancelada pelo grupo de teatro da Universidade. Quando indaguei o motivo do cancelamento, o dono do Studio disse que o diretor do grupo, após ler o programa da oficina, havia dito apenas isso: “Isso tudo aqui eu já sei!”



P.S.: Marô vou mandar o conto pra você por e-mail tá.



sexta-feira, 15 de maio de 2009

Oh! Happy Day!

Postagem Oh! Happy Day! Apesar da chuva!
A felicidade é uma coisa engraçada, a gente passa a vida toda tentando descrever o que vem a ser essa tal felicidade (nuss que podre, parece letra de pagode)
No entanto, a felicidade aparece de vez em quando em nossas vidas, dão lampejos de existência...
É nosso dever então, fazer com que esses lampejos durem mais tempo...

Hoje por exemplo, a felicidade me visitou... Por um motivo que talvez a maioria nem vá entender:
CONSEGUI FECHAR UM GRUPO DE TEATRO...
Hoje foi a primeira reunião do pessoal, já estabelecemos nossas metas, e começamos a estudar o primeiro texto...

O elenco foi previamente selecionado: Dois alunos meus do Studio (Enio e Gilvan) iniciantes, porém muito promissores, uma ex-aluna minha (kkkkk estou monopolizando o grupo) Adriana, trabalho com ela desde a 5ª série, tem bagagem... e encabeçando o grupo Magda, maravilhosa trabalha comigo há mais de 10 anos, estamos com um projeto para a NATURA, e moi, que há muito estava ancioso por formar um grupo atuante e especificamente voltado ao teatro, depois dos meus 6 anos na direção artística da Cia Cenna Físico de Dança Moderna...

Definimos que até o final do primeiro semestre, vamos botar o TEATRO DE BOLSO de volta ao circuito cultural da cidade... E talvez seja isso que traga a felicidade: objetivos, metas, desafios, trabalho e o mais importante: fazer o que gosta.

Ah! Outra coisa da qual não poderia deixar de comentar, é essa coisa mais linda aí em cima... Me deixou ainda mais feliz (não estou falando do cara da foto, kkkkk, mas do banner) e por isso tenho muito a agradecer a gracinha da Marô que o fez pra mim com tanta propriedade, talento e competência...
Marô muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito obrigado!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Judiciário

Hoje fui consultar um advogado sobre um processo ao qual vou começar a responder no próximo dia 21 de maio...

Então... O advogado nos orientou...(sim, além de mim ainda respondem ao processo minha irmã e minha mãe)... Bem o advogado nos orientou a aceitar o que o promotor propuser... Cesta básica, serviço comunitário, enfim...

Agora, adivinhem (meu amigos mais próximo já sabem) quem está nos processando...

Um sujeito volúvel, de caráter questionável, cujos escrúpulos fogem de seu modo de vida, um sujeito que carrega o carma de ter fecundado três óvulos de uma senhora incontestavelmente reta, cumpridora de seus deveres, fiel até que a morte venha a levá-la ao descanso eterno...

Sim... Estou sendo processado por meu “pai”...

Mas nem estou aqui pra falar dele... e sim do sistema judiciário... das leis... No entanto fica difícil reclamar... (nossa, parece que é só isso que tenho feito ultimamente)... sem antes contextualizar...


Contexto rápido:


O sujeito em questão, traiu a esposa depois de 30 anos de casado, 3 filhos e 4 netas, quando descoberto decidiu sair de casa e levar a vida com sua amante, que tem a idade pra ser sua filha.

Sua família (irmãos e irmãs) em sua grande maioria virou-lhe as costas.

Sua amante, enfurecida pela indiferença dos parentes do sujeito, então passou a perseguir a família do mesmo, passando trotes telefônicos e agredindo-os verbalmente pelas ruas.

Seus filhos e sua ex-mulher então, num ímpeto de acabar com aquela situação desagradável, vão até a casa de seu pai e ex-marido, pedir que o mesmo tome alguma atitude com relação a sua amasia, o que vira um festival de ofensas e agressões.


Resultado: Estamos todos sendo processados.


E o advogado ainda quer que aceitemos o que o promotor propuser... No mínimo todo mundo vai ter que pagar cesta básica...

Não sou contra homens ou mulheres que decidem se separar e ter outras famílias...

Agora mexer com a mãe não pode...

Droga! Vou deixar de ser réu primário...

"O chão rachado de profundas rugas delirava"
Histórias para Ex-crianças - volume I
Fernand Alphen, pág. 161

quarta-feira, 13 de maio de 2009

UTI para a Educação - parte II

"Educação vem de berço". Todo mundo já ouviu essa frase. Há bem pouco tempo essa máxima era verdadeira, no entanto com o desgaste social pelo qual passamos ela se tornou questionável.
Enquanto há vinte anos atrás, nossas mães já nos mandava praticamente alfabetizados pra escola, no pré-escolar, hoje nos deparamos com alunos totalmente despreparados, semialfabetizados nas séries finais do ensino fundamental, além de, em sua grande maioria, alunos sem noções de respeito, ética e disciplina. Um alunado problemático, carente de um sistema educacional estruturado, capaz de orientá-lo, instruí-lo e informá-lo de acordo com as necessidades de uma sociedade cada vez mais exigente e veloz, pontos que tornam o trabalho do educador uma batalha extremamente desafiadora, que exige força, inteligência, preparo físico, psicológico e intelectual e principalmente criatividade. Em outras palavras: o educador deve ser um superprofissional.
Mas onde encontrar esse profissional?
Segundo a LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu "Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana..." Aqui a máxima do início cai por terra.
A família já transmitiu esse dever pra escola há muito tempo, portanto a educação, já não vem de berço.
O Estado por sua vez, tenta oferecer cursos de graduação que preparem os profissionais para atender a essa demanda, no entanto a organização dos cursos e do sistema de ensino é feita por pessoas que não atuam diretamente na educação, o que torna essa organização burocrática, fraca e longe da realidade.
E por último, os candidatos a educadores. Um ponto de extrema pertinência.
Eu costumo dizer aos meus alunos de teatro, que não é possível se formar ator. Ninguém aprende a ser ator. O ator já nasce ator, é um dom, uma vocação.
E hoje, acho que a mesma regra se aplica aos educadores. Ninguém nasce educador, o educador nasce, é um dom, uma vocação.
E esse é um dos problemas do sistema educacional brasileiro.
Precisamos desse paliativo para a educação: PROFESSORES VOCACIONADOS.
E eles não são feitos nos meios acadêmicos.
Tendo em vista que a educação é a base da sociedade (perdoem-me o clichê), não podemos aceitar educadores que não tenham, pelo menos, consciência da importância de seu papel na formação dos cidadão. Todas as camadas da sociedade passam pela escola, desde o padeiro até o médico, o engenheiro.
Portanto a missão do educador é de uma responsabilidade sem igual.
Todavia o que encontramos nos bancos dos cursos de licenciatura, perdoem-me a generalização, são pessoas que não conseguiram ingressar em outros cursos, ou que optaram pela licenciatura pela facilidade de acesso ao mercado de trabalho, entre tantos outros motivos, salvo algumas exceções de pessoas vocacionadas e que pensam em fazer a diferença, pensando realmente nos ideais de solidariedade citados acima. O que traz para dentro de nossas escolas os que eu chamo de professores de emprego, preocupados mais com o salário ao final do mês, do que com sua função social.

sábado, 9 de maio de 2009

UTI para a Educação

Post fim de semana...
Nossa... fiquei quase uma semana sem postar...
Estive fazendo curso... Conto pronto! (Marô depois eu te mostro)
Possivelmente será publicado em setembro (a pretensão!!!)

Estive fazendo curso essa semana sobre gestão democrática, projeto político pedagógico, enfim... essas coisas... Mas o que me fez escrever sobre isso aqui é devido ao fato de eu ter me deparado com pessoas que vivem realidades muito parecidas com a minha, no meu local de trabalho... E me fez repensar a minha função enquanto educador e a função dessa instituição, a beira da falência, no país em que vivemos chamada ESCOLA PÚBLICA...

Já há algum tempo venho percebendo muitas situações com as quais não concordo, e que muitas vezes são situações sem saída, e que fazem com que as pessoas acreditem cada vez menos que exista uma solução...

Se fossemos parar para analisar quais são os pontos mais frágeis dentro desse sistema cada vez mais caótico, encontrariamos uma lista infindável, com itens e sub-itens (com hífen ou sem?) que se estendem desde a desestrutura da família até incompetência de certos professores... (Fafá, tirando nós...)
O que vemos é um cenário triste:
Indisciplina geral;
Famílias omissas;
Professores de emprego (tratarei sobre eles em outro post);
Falta de apoio dos órgãos superiores;
Falta de funcionários;
Leis incoerentes;
Enfim, um sistema decadente, retrógrado, antiquado, repleto de falhas, doente...
Precisamos urgentemente encontrar uma cura....



terça-feira, 5 de maio de 2009

Devaneios...

Ufaaaaa
Fim de semana prolongado...
Às vezes acontecem coisas na vida da gente pelo simples fato de termos tempo para que elas aconteçam...

Ah se eu tivesse que trabalhar o tempo todo e minha mente tivesse que se manter ocupada em tarefas rotineiras, sem que eu tivesse tempo para pensar em fazer outras coisas...

Meio estranho pensar assim, mas se eu soubesse usar o meu tempo de descanso simplesmente pra isso: DESCANSAR, evitaria um montão de aborrecimento... Mas também, temos que saber aproveitar o que nos acontece, sempre a nosso favor...

Post meio filosófico, meio down, meio melódico...
Estou com o esqueleto do meu conto prontinho...

Aprendi esse fim de semana que, se você se decepciona, o único culpado é você...
Decepção está intimamente ligada à expectativa...
O indivíduo, no decorrer da vida, cria expectativas acerca de várias coisas... A expectativa é algo muito pessoal, pois se eu crio expectativa sobre determinado evento, eu a crio com relação à minha vontade... E então, se o citado evento acontece diferente da minha vontade, eu me frustro... Ou seja, me decepciono...

Portanto, como lição do fim de semana, aprendi a não mais criar expectativas sobre nada... deixar o barco correr... (como se fosse possível)

Risos

P.S.1: Fafa, meus sentimentos... e obrigado pelo aposto ao meu nome no seu blog (é aposto mesmo né?)... e os textos estão ótimos... adorei o da falta de paciência...
P.S.2: Marô, seu blog é show... quero um banner de presente... me dá, me dá, me dá... To te seguindo viu...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Intertexto

Primeiramente gostaria de agradecer a Fafá pelos post maravilhoso
http://fafanisco.blogspot.com falando sobre a inveja... Fafá arrasou no post e o texto do Paulo Franklin também ilustrou muito bem essa situação pela qual muita gente passa né... e tem um trechinho do texto que permitam-me colocar aqui que é um resumo desse sentimento que o autor expôs tão bem que é a INVEJA: " Inveja tem tudo a ver com complexo de inferioridade. Quem não acredita em si, duvida de todos que acreditam em si."

Fafá, não estou conseguindo postar no seu blog... snif!!! Intertexto feito...

Agora o post:

Ultimamente ouve-se muito falar em pessoas que estão fazendo tratamentos psiquiátricos.
Há alguns anos atrás, se você ouvisse falar que alguém estava fazendo um tratamento com um psiquiatra, logo pensava que o indivíduo em questão era um maluco, um psicopata, um viciado ou no mínimo um alcoolatra.
Já hoje em dia tornou-se muito comum as pessoas recorrerem a esse tipo de profissional, afim de tratarem doenças psiquiátricas cada vez mais rotineiras como a depressão, o estresse e a síndrome do pânico...
Muitos estudos são feitos e de acordo com eles, várias são as causas das chamadas doenças da vida moderna: excesso de trabalho, problemas financeiros, problemas afetivos, etc...
O fato é que cada vez mais estamos precisando recorrer aos remédios, para que nosso dia-a-dia se torne mais fácil, dessa forma vamos formando uma corrente cada vez maior de dependentes dos psicotrópicos, barbitúricos e diazepânicos... E só o que podemos dizer a nossos companheiros de trabalho é:
"Bem vindos ao lado tarja preta da vida!"