quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Paixão


Já faz um tempo que to querendo falar sobre a paixão. Encontrei um artigo bem bacana falando sobre o assunto, e veio bem de encontro com as minhas ideias.

Pra começo de conversa, neguem se tiverem coragem, é muito bom estar apaixonado. Aquela falta de controle, o arrepio na espinha, o tremor que invade nosso corpo, o suar frio, o coração acelerado, a falta de ar, a sensação de que o mundo sumiu debaixo dos pés ou simplesmente parou... Pensando bem, todos esses sintomas parecem mais de uma doença... o que não é uma coisa boa. Mas se é assim, por quê estamos sempre em busca da paixão?

Insistimos em buscar a paixão, porquê é através dela que nos sentimos vivos. Por mais que soframos com os efeitos dessa “doença”, é ela que nos lembra que estamos vivos afinal, ou mais, sentimos prazer em sentir a dor que a paixão pode causar, como já dizia Cazuza. Porém, é importante que tenhamos sempre em mente, que a paixão não é um sentimento ingênuo, puro. A paixão regularmente nos engana.

Geralmente presente no início dos relacionamentos, a paixão nos cega, distorcendo a realidade, transformando-a numa idealização senão inexistente, fatalmente improvável. Quando possuídos por ela - digo possuídos porque não temos controle de nosso julgamento – vemos a pessoa ao lado como reflexo de uma perfeição de conto de fadas, reflexo de nosso desejo de que tudo seja perfeito. E perfeição, definitivamente, não existe.

Dizem que a maioria dos relacionamentos acaba quando acaba a paixão. Quando ouvimos isso, a visão que nos vêm em mente é sempre aquela de um relacionamento sem fogo, sem volúpia. Mas não. Se um relacionamento acaba quando acaba a paixão, é porque os envolvidos deixaram esta cegueira se esfacelar e puderam ver com os olhos bem abertos os defeitos uns dos outros e, infelizmente ou felizmente, não puderam suportá-los.

Quando isso acontece e você descobre que pode conviver com os defeitos da outra pessoa, então você está preparado para o amor. Mas não se iluda, isso acontece muito pouco.

Portanto, abra os olhos. Quando você for atingido pela flecha do cupido – esse sujeitinho, geralmente míope e usuários de entorpecentes – olhe bem de perto, analise bem a pessoa do seu lado. Não negue a realidade, como a paixão nos força a fazer. E acima de tudo, aproveite.

sábado, 21 de agosto de 2010

Pra quem, como eu, adora gatos...

Pontos sobre os relacionamentos

Ao longo de quase 15 anos de flertes, paqueras, namoricos, namoros e 2 relacionamentos, digamos, sérios, me encontro mais uma vez sozinho e não vejo uma luz muito nítida no fim desse túnel. Ou pra brincar com a lei de Murphy, essa tirinha de luz que ainda insiste em dar o ar da graça, muito provavelmente deva ser o trem. Já falei aqui, ou talvez em outro lugar, sobre o que um comportamento patológico que insisto em exercitar, que é a autosabotagem. Mas não é sobre isso que vou falar, já que acredito que nossas decepções são proporcionais às expectativas que criamos.

Isso a parte, tenho o costume de perder relacionamentos prematuramente. Geralmente por um desses dois motivos:

1º - Eu enjoo muito rapidamente da pessoa. Este motivo muitas vezes é resultado de: escolhas mal feitas; defeitos com os quais, no começo, achava que poderia conviver; deslumbramento com o caráter estético da pessoa em questão; medo irracional de ficar sozinho ou simplesmente porque achava que poderia usar a pessoa como um acessório novo, mas que acabou caindo da moda.

2º – Sou descartado sem motivos aparentes ou me torno “amigo”. I'm guilty, confesso. Particularmente, conheço os meus defeitos. Sei que não sou nenhum ubber modelinternacional, sou magrelo, alto, narigudo até, mas há quem me ache atraente. Porém também conheço minhas qualidades. Normalmente, quando somos descartados, a primeira coisa que nos vem em mente é algum de nossos defeitos físicos e convenhamos, defeito, como diz a música “só a bailarina que não tem”. No entanto quando se trata de relacionamentos, realmente, aparência não é o fundamental. E não estou me justificando. 

Alguns amigos dizem que beleza é fundamental. Concordo em partes.
Alguns amigos dizem que dinheiro é fundamental. Concordo em partes.

Porém, acredito que "cabeça" ainda é muito importante. Um bom papo. Um bom discernimento das coisas. Uma boa percepção. Não inteligência apenas. Alma eu diria. 

Agora, se tudo isso vier acompanhado de um bocado de beleza e uma porção de dinheiro, não posso dizer que ficaria decepcionado.

sábado, 19 de junho de 2010

Para o pessoal do Curso




No primeiro encontro do bloco técnico iniciamos o módulo sobre produção de texto. A tutora fez um “warm up” com um vídeo sobre a história da escrita, bem interessante. Em seguida começamos a praticar o modo de escrever com uma entrevista com um colega de sala, afim de que elaborássemos a biografia do mesmo. Minha entrevistada foi a Dalzina e foi bem bacana as coisas que descobrimos sobre nossos colegas de sala quando passamos à socialização da atividade.


Posteriormente passamos a leitura da primeira unidade do módulo. Gostaria de não ter que comentar, já que tenho a fama de ser “chato”, mas foi extremamente desagradável, um material voltado para pessoas de nível fundamental, me senti lendo uma cartilha de redação de 4ª série.


Ainda tratando sobre produção textual fomos divididos em grupos para a criação de alguns tipos de textos, desde paródias até textos publicitários. Para o meu desgosto, minha equipe teve de fazer uma paródia. Faz-se necessário frisar aqui, que a metodologia citada (paródia) já foi utilizada exaustivamente, e coloca os cursistas em situação vexatória. Desaprovo.

sábado, 12 de junho de 2010

Peter Pan...


Durante esses últimos meses um ponto não parou de martelar a minha cabeça, o que resultou em várias outras questões com as quais eu terei de lidar daqui pra frente: Vou fazer 30 anos no mês que vem...

E bem conhecido das pessoas que convivem comigo meu comportamento que simplesmente ignora que o tempo passa... Eu ajo como se fosse um eterno adolescente... Ou, como dizem alguns especialistas, sofro da Síndrome de Peter Pan... Ou seja, me recuso a crescer... Vivo numa eterna Terra do Nunca...

No entanto chega um ponto em que é necessário olhar pra frente... e perceber que o tempo passa SIM...
E que esse passar do tempo, nos traz algumas situações a serem analisadas. Quando decidi então que deixaria para trás a Terra do Nunca, alguns aspectos da minha vida, que será daqui pra frente ADULTA, se colocaram em evidência mostrando o estrago que a essa temporada tão prolongada entre os meninos perdidos me trouxeram...

Vou tratar desses pontos aqui no decorrer desse mês... que precede a data que elegi para o rito de passagem... o dia 26 de Julho... Meu aniversário de 30 anos...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Satisfação...

Tudo bem que já faz bem mais de um semestre inteiro que não escrevo algo direto...
O motivo nem eu mesmo sei ao certo... No começo achei que o blog havia perdido o foco...
Eu mesmo me perdi no caminho e não sabia mais exatamente sobre o que escrever...

O fato é que muitas coisas aconteceram nesse meio tempo... e postei coisas amenas... que não me comprometessem e nem comprometessem o blog... Precisei de um tempo pra mim... e acabei descobrindo que não precisava de tempo nenhum... No final o que aconteceu é que apenas perdi o tempo... ou simplesmente deixei o tempo passar...

Me enveredei por um caminho desconhecido, diferente, excitante, no entanto por medo pratiquei algo que inconscientemente estou acostumado a praticar... a AUTOSABOTAGEM... Não vou entrar em detalhes aqui, até porque já faz um tempinho mesmo... mas saboreei um sentimento tão amargo quanto a derrota:  A FRUSTRAÇÃO...

Discontei em todos os que não tinham a mínima culpa das situações pelas quais eu passei e descobri que o meu maior INIMIGO vinha sendo o meu próprio EU...

Mas decidi que vou continuar escrevendo... porque essa ainda é uma das poucas coisas que posso fazer gratuitamente... ou não... E não vou mais me preocupar com o que escrever... ou se vão ler... O Verdadeiro escritor não escreve pra ninguém... escreve pela simples necessidade de ESCREVER...

É isso... eis aí a minha SATISFAÇÃO... minha e para os que ainda me visitam às vezes...

Ae Rê... obrigado pelo material... KKKKK

domingo, 25 de abril de 2010

Poema do Cume

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no Cume arde
A rosa no Cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o Cume desce
O orvalho no Cume brilha
O mato no Cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao Cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no Cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no Cume seca
O vento o Cume limpa
E o Cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o Cume aparecendo
Mas começando a descer
O Cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no Cume caiem
Abelhas no Cume picam
Lagartos do Cume saiem

À hora crepuscular
Tudo no Cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no Cume aparece


E quando vem o Inverno
A neve no Cume cai
O Cume fica tapado
E ao Cume ninguém vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do Cume cai
E todos ao Cume vão

(autor desconhecido) 

sábado, 24 de abril de 2010

Durkheim versus Marx


De acordo com o horizonte intelectual de sua época, acreditava Durkheim no aperfeiçoamento moral da humanidade, o que pressupunha conceber as transformações econômicas como insuficientes para regenerar os laços sociais esgarçados pelos conflitos característicos de uma sociedade em transição. Por partilhar de uma visão evolucionista da sociedade, Durkheim enxergou os conflitos de sua época como transitórios e não estruturais, vendo-os como o efeito passageiro de uma ruptura que prenunciava uma nova moral, onde os indivíduos seriam levados a aceitar as funções que lhes coubessem na hierarquia social. Tal crença no caráter transitório e não estrutural dos conflitos traduz com clareza sua concepção orgânico-evolucionista de sociedade. Por isso Durkheim acreditava que a sociedade evoluía através de reformas que aperfeiçoavam a sociedade. Os conflitos não necessariamente deveriam levar a uma revolução como solução dos novos fatos sociais que se apresentavam, mesmo porque o surgimento desses fatos é constante, assim como o processo reformista da sociedade também o é.
Segundo Marx, a sociedade só poderia evoluir através de revolução, e a próxima e última revolução que a sociedade deveria passar era a socialista. No seu manifesto Marx cita a revolução burguesa (francesa) que levou a ruptura do modelo econômico e social que dominava o mundo antes do atual, sobretudo os principais aspectos que ela modificou na sociedade, segundo Marx: “Vemos, portanto, como a própria burguesia moderna é o produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma série de revoluções (Umwälzungen) nos meios de produção e de transporte.” Assim como a burguesia assumiu papel como classe dominante da sociedade, destruindo o poder monárquico e religioso, o proletariado deveria assumir através da revolução socialista.
Particularmente, acredito que a teoria de Durkheim favorece as classes dominantes e é uma ideia que prevalece até hoje, de que os problemas são superficiais e não estruturais, portanto não concordo. E a de Marx, é uma ideia socialista que visa uma revolução, não acho que seja funcional, como exemplo a sociedade cubana, portanto não concordo também. Faz-se necessária uma teoria mais realista, aplicável a sociedade contemporânea.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Atividade do Curso... kkkkkkk


A partir da sua experiência como funcionário de uma escola somando ao que você aprendeu nesta unidade, como você enxerga o papel da escola? Você acha que ela só cumpre o papel ideológico de manter as coisas como estão ou você acredita que ela pode contribuir para a formação de consciências libertadoras que fortaleçam a luta pela transformação social?
Nesta unidade, aprendemos muitas “teorias” sobre como deveria ser a educação e qual deveria ser o papel da escola. Acho que muitas dessas “teorias” seriam interessantes se fossem realmente colocadas em prática. Porém não é isso que vemos em nossa realidade. O papel da escola vem sendo torcido e distorcido, seja pelos governantes, que a cada mandato impõem politicas educacionais novas; seja pelo judiciário, que acha que a escola é lugar de jovens infratores, colocando em risco a segurança de professores e alunos; seja pelos pais, que acham que a escola é um “depósito” de seres humanos, no qual eles depositam seus filhos para que sejam educados, isentando-se de suas responsabilidades; ou ainda pelo próprios professores, que de vocacionados são poucos, e que se preocupam mais com o salário do que com a qualidade da educação.
Concluindo, unindo o que aprendemos até agora com o módulo aliado à experiência como funcionário de escola, vejo a escola como uma instituição a beira da falência, que nem o papel ideológico de manter as coisas como estão está cumprindo, que dirá formando consciências libertadoras que fortaleçam a luta pela transformação social. É uma instituição que clama por transformações, mas que se encontra amarrada pelas circunstâncias sociais nas quais vivemos. No entanto essa é apenas uma opinião.